O Restauro

A história do restauro do Palacete 1922 começa com a iniciativa dos irmãos e proprietários da casa, a arquiteta Ingrid Sominami Lopes e o engenheiro civil Hector Sominami Lopes, que pouco a pouco foi sendo abraçada por outras pessoas, formando uma equipe diversa e rica em história e conhecimento técnico.

Comunidade e academia entram na casa

Para o restauro sair do papel, Ingrid e Hector contaram com a parceria de 19 alunos e dos professores Rita Fantini e Domingos Guimarães do curso de Arquitetura do Centro Universitário Moura Lacerda, de Ribeirão Preto. Como não havia plantas do Palacete, a equipe realizou toda a medição e desenho da casa, além do resgate histórico.

Nesse processo, muitas pessoas de Ribeirão Preto e região participaram de visitas abertas, ajudando os profissionais com informações valiosas. A arquiteta Rita Fantini, que acompanhou todo o andamento da restauração, não esquece de um senhor que esteve em uma dessas visitas e elucidou uma das dúvidas da equipe.

Na sua infância, ele entregava leite para a última proprietária do Palacete e esclareceu aos profissionais do restauro que o anexo ao lado do prédio principal era uma capela e não um orquidário, como suspeitavam. 

Além das pessoas que conheciam o Palacete ou fizeram parte de sua história de alguma forma, foi também preciso encontrar mão de obra especializada para a restauração. Marcos Tognon, professor da Unicamp e referência nacional em restauro, aceitou o convite da Ingrid e do Hector, e treinou os funcionários da HS Lopes, construtora responsável pela obra, além dos dois mestres restauradores contratados, Luiz Evedove e José Edson dos Santos.

A capela foi inspiração para criação do logotipo do Palacete 1922

Preservado, da estrutura aos detalhes

A restauração começou em 2015 e foi concluída dois anos depois, em 2017. Mais de 90% do projeto e características originais do prédio foram mantidos. Somente os banheiros, que já haviam passado por uma reforma anterior e estavam deteriorados, foram modificados. O prédio também ganhou um elevador para garantir a acessibilidade aos clientes do Palacete 1922 com necessidades especiais. O primor técnico e histórico é visto até mesmo na restauração das paredes. Para recuperar todo o reboco da casa - feito de cal e areia, sem cimento -, a equipe contou com os laboratórios da Unicamp, que realizaram testes com amostras mínimas dos materiais originais. Hoje quem entra no Palacete 1922 pode apreciar elementos e detalhes do prédio, que foram completamente preservados, como:

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Detalhes técnicos do restauro